Sobre o amor
O amor é a mais doce das ilusões. Ele te abraça, aquece e conforta. Ele pode gravar momentos na nossa memória, preencher-nos de alegria numa tarde fria, sarar uma dor de cabeça. Tantos são os benefícios deste entorpecente! O corpo tomado pelo êxtase do álcool, arrebatado aos céus, onde o ar é fresco e a felicidade infinita. Lá em cima, quando nos deixamos levar por esse mar de nuvens, somos tão felizes, únicos, indestrutíveis! Somos a essência do próprio tempo vivendo presente e futuro. Eis a embriaguez do amor em sua essência pura, imaculada.
Os caminhos abertos, o frescor do clima e a pureza do ar. O amor tudo pode maquiar! E nadando este mar de alegrias e êxtase seguimos despreocupados com o que virá pela frente focados em apenas sentir tudo que nos transborda! Amor, só o amor. Não somos nada nem sem ele. Por isso o buscamos tão incessantemente! Que atire a primeira pedra aquele que nunca amou! Tola e infeliz é essa alma, se existir. O amor foi feito para todos e ao mesmo tempo parece que nos foi proibido e como tal ele se torna delicioso. É genial o processo do amor. Ele surge em nós que achamo-nos indignos dele, nos eleva até limites que nossa existência nunca imaginou existir, nos vicia. E viciados neste sentimentos tememos perdê-lo. Guardamos, enfrentamos todos diante de nós e até os imaginários que querem tirá-lo de nós. Com unhas e dentes nos lançamos sobre quaisquer desafios para viver esse amor, mesmo que tais barreiras só existam em nosso mente entorpecida.
O amor nos torna protagonistas e vilões, mas também nos faz vítimas.