Hellen, minha flor
Querida Hellen, dizem por aí que o amor não existe, que de fato é uma invenção. Possivelmente, vivemos em mundos inventados e de invenções e invenções, devo dizer que o amor que inventei por Hellen Muniz é a maior invenção que já ocorreu em minha vida. Se ele é inventado, talvez, mas não quer dizer que seja irreal ou mentira. Aí vão alguns motivos pelos quais eu amo Hellen, sem ordem de importância.
Um, sua voz sensata com efeito calmante em meus ouvidos. Dois, sua risada cativante e contagiante. Três, seu sorriso meigo e encantador. Quatro, seus olhos pequenos e achatados junto com seu olhar brilhante. Quatro, suas bochechas redondas. Cinco, seus cabelos enrolados e pretos. Mas isso ainda diz pouco, são só características físicas, apesar de serem imbatíveis.
Quando olhamos ao nosso redor e nos vemos perdidos, sem rumo, sem vontade e sem sentido, parece sempre ser o fim. Sua presença é capaz de apagar tudo isso e me faz ver a vida de forma prazerosa, sem medo, somente com a vontade de seguir. Não é sempre que temos alguém que nos devolve o sentido das coisas, fazer planos, escolher o que vamos cozinhar, o que vamos assistir, aproveitar o dia juntos. Parece que tudo ganha outro significado, outra emoção, outra felicidade. É, ela tem essa capacidade de transformar as coisas com sua simples presença, com seu jeito engraçado de ser, de me fazer sorrir.
Eu não diria que o amor é algo que escolhemos, porque ele é construído. Ele existe nas nossas experiencias e vai se fortalecendo ou não. Acho que fortalecemos muito o nosso amor, o nosso sentimento. Mas como tudo, tem seus percalços. Eu não diria que é melhor não amar ou que é melhor amar, acredito que cada um vive com a miséria que tem. O que posso dizer é que, uma vez experimentado o amor que sinto por Hellen, não posso viver sem e não faz sentido não tê-lo. A música que ouvíamos juntos, o filme, o sorvete num dia quente, a caminhada pela praça da cidade a noite, os carinhos, os beijos, o momento de silêncio em que só estamos aproveitando cada segundo, quando estou olhando-a dormir e respirar baixinho, os sonhos narrados no dia seguinte, as histórias do seu dia que ela me conta com uma empolgação e vontade em cada detalhe, os dias com mais graça e leveza, a felicidade compartilhada.
O amor não surge como um raio num dia de céu azul, ele é mais como uma tempestade que vai se formando aos poucos, umas nuvens aqui e acolá, a luz do sol indo embora e depois de muito esforço, ela desagua. Ou como uma planta, que primeiro se arruma o terreno, planta a semente, rega e vai brotando aos poucos, até nascer a flor. O amor não nasce flor, ele se torna flor.
E este sendo como uma flor, pode nascer em uma primavera bem como secar e morrer no próximo outono. E aqui reside a desgraça de quem ama.