vertigens
Sem saber que estava sozinho
caminhava ao teu lado
Sem saber que pisava no chão
eu flutuava
E segurava suas mãos frias
e aquecia com o calor de meu corpo.
Sem perceber,seu olhar procurava outro lugar
Inquieto,se desprendia dos meus
Bastava estar ao teu lado para sentir-me
e ser por completo teu
No momento em que apertou-me nos braços
deixei de ser quem eu era
Por conta disso,provei o gosto amargo da vida
E desejei o escuro da noite
E senti o frio da madrugada cortar a carne
do meu corpo
Eu vazio de mim e longe de tudo
debruçado sob a nódoa ingrata de mentiras
risco na parede a ponta dos meus dedos
e com um esforço singular
rabisco seu nome,que leio
mas não entendo.