Oi, vó!

Oi, vó! Como a senhora está? Como é aí?

Hoje me bateu uma saudade tão forte da senhora, na verdade, nesses últimos dias ela tem apertado mais. Disseram que o tempo melhoraria tudo... Mentiram. O tempo só torna a saudade maior.

Com mais frequência do que eu gostaria, ainda sinto a cicatriz, que a sua partida deixou, latejar. Confesso que estou bem melhor agora, já consigo falar da senhora sem chorar - quase sempre, pelo menos.

Hoje faz 8 meses e 17 dias que a senhora partiu. 8 meses e 17 dias que eu perdi o maior que eu já tive nessa vida. 8 meses e 17 dias que eu estou tentando ser forte pela senhora. 8 meses e 17 dias que tento não ficar com a garganta presa quando penso em você.

Tem dias que eu sou forte. Que eu consigo vencer. Mas, outros, como hoje, não sou tão bem sucedida.

Que saudade da senhora, vozinha. Que saudade de ouvir a sua voz, a sua risada, sentir o seu toque. Que saudade de ouvir: "Karol, é você?"

Queria te contar tanta coisa, vó. Queria poder chorar no seu colo de novo. Sentir o seu carinho tremulo na minha cabeça, enquanto eu deito em seu colo. Sei que ainda vamos nos encontrar e eu vou poder matar essa saudade que me sufoca. Por ora, só posso continuar lutando para seguir em frente, com a esperança de que dias melhores virão e que eu tive o prazer de ser neta da melhor pessoa no mundo.

Te amo para toda a eternidade.

17/09/2024

Karoliny Mesquita
Enviado por Karoliny Mesquita em 17/09/2024
Código do texto: T8153544
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