Para Aurora III

É que o meu horizonte tem vida. Pulsa. Nele bate um coração. Ferve o sangue e se esparrama em veias que erguem os pés a caminhar para longe. Que fazer quando o sol se vai e você não consegue impedir porque se descobre lua a viver na outra parte do mundo onde ainda é escuro? As foças se vão, o medo cresce, a angústia se agiganta e tudo parece esfumaçar como o sopro de vida que parou - num setembro da vida - na fumaça que se afoga nas águas profundas ou se esvai das chamas tremulantes de uma fogueira de um culto pagão...

Lembrando os meus 25 de março e 21 de setembro.

Com um abraço.

Da Maria.