QUERIDO (A) LEITOR (A) - DE ANASTÁSIA E A SOFIA
Revisitar meus textos e personas tem sido um desafio gratificante. Reencontrar-me com essas criações me fez perceber a profundidade das experiências que vivi. Hoje, me despeço do Cassulo de Melo, uma fase que acolheu meus primeiros textos escritos aqui, de 2013 ao início de 2016, principalmente. Foi um período de redescoberta da vida, de reavaliação dos valores e de amadurecimento natural. Atravessar essa etapa foi ao mesmo tempo intrigante e inspirador, pois, apesar de sentir que essas obras me pertenciam, sempre permaneci nos bastidores, sem expor tanto do meu íntimo. Agora, novas figuras se apresentam: a primeira delas é Anastásia, nome pelo qual sempre tive afeição. Se um dia eu tivesse uma filha, este seria o nome dela. A personagem se inspira na história de Anastásia Nikolaevna da Rússia, filha do czar Nicolau II, e na sua jornada ficcional de redescoberta de uma identidade perdida em meio a uma revolução. Essa trajetória espelha um pouco do que vivi em certa fase da minha vida, marcada por uma revolução pessoal e profissional, que me levou a buscar minha identidade. A segunda persona, Sofia, é o fruto dessa busca. Inspirada pelo livro "O Mundo de Sofia", que um amigo querido me recomendou, encontrei nela a essência de uma nova perspectiva de vida. Assim como a protagonista do livro, descobri a arte de viver com ousadia. Nos próximos poemas, Sofia conduzirá uma jornada por caminhos calmos e também tempestuosos. Não vou me alongar, pois quero que acompanhes cada passo dessa trajetória. No próximo Querido(a) leitor(a), farei um balanço de tudo isso. Espero que as histórias de Anastásia e Sofia te envolvam tanto quanto o Cassulo de Melo te tocou.
Felipe