Uma Carta Sobre...

Sim, tem dias que me vem o cansaço.

O cansaço de esperar por um bom relacionamento.

Puro, simples, inocente e verdadeiro.

Mas eu estou realmente cansado.

Confesso que essa não é a primeira vez que penso em desistir.

Olhar em volta me trás um pouco de revolta.

No ontem, ela estava a me desejar, no hoje, outro para a cama irá levar.

Lutando contra a minha vontade de com ela ficar, fui sincero no meu falar.

Me guardei, guardado estou para aquela que comigo escolher se casar.

O meu "não" para a cama, não a levou para o altar.

Triste, vê-la a outro se entregar, e no saciar da cama, o fim do tal "amor" chegar.

O amor que antes da cama pretendo dar.

É, se bem que dar uma vontade de esse puro sentimento deixar pra lá.

Mas sempre escolho em continuar a esperar, por alguém a aguardar.

Não quero viver o amor vazio de sentimentos.

O suor da cama e o frio do respeito.

O breve amor de desejos e fogos ardentes que quando vem os dias difíceis, não conseguem juntos suportar.

Quem ama na cama sem antes aliança no dedo colocar, fora dela não à companheirismo, nem força para um pelo outro, nos dias difíceis, lutar.

Fácil desistem, a alto-suficiência sobre não valer a pena lutar pelo outro, sempre levando a acreditar que é possível ser feliz sozinho, mas, se entregando a outros e outros relacionamentos.

Vivendo sempre o momento de um amor e nunca os momentos do amar.

Os momentos, os diversos momentos que nos trazem a felicidade da vida do amar.

Bom...

Hoje novamente me veio a vontade de desistir.

Sempre que um alguém me vem, analiso os sentimentos presentes e possíveis futuros.

Bom, ainda estou aqui, sozinho.

E neste período observei de longe a velocidade de mudanças de foco.

Se ontem era eu o foco de alguém, amanhã já não era mais.

Não vejo nada de errado em seguir, mas, se entregar é num certo ponto exagero.

Se por ter se ferido com o meu "não", me culpa não é aceitável.

Se entregar a um alguém sem analisar o amanhã é infantilidade ou apenas necessidade e medo.

Medo de ficar só.

De certa forma, esse medo eu entendo.

Ficar só não é tão ruim, mas, dizer que é bom, isto é uma enorme mentira.

Se amar é valorizar o caráter que tem e quem é.

Viver um amor, é ter alguém ao lado que nos faça se sentir mais vivo.

Falamos de amor, ansiamos por amor.

Temos medo de amar, de outra vez, por conta dele, amargamente chorar.

Me pergunto...

Até quando o amor ainda neste mundo existirá?

MarcioBarbosa
Enviado por MarcioBarbosa em 23/08/2024
Código do texto: T8135700
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