Carta para um poeta perdido
Seus poemas são lidos, e algumas pessoas comentam sobre, seu reconhecimento é notável. Mas está perdido e descontente. Não era o que esperava? Nas noites melancólicas em que se embriagava enquanto escrevia, cada gole, cada verso. Mas sua taça se encontra seca, sem vinho quem és? Um homem sem norte ou talvez um cão desesperado.
Escrevemos em momentos que só temos mais um dia de aluguel pago, bravamente lutando contra a rotina vil que nos agarra a face e nos arranca os olhos para que não vejamos a um metro que seja o futuro que nos aguarda, seja ele a morte solitária ou o sucesso eminente, quem sabe talvez, o nada seguido de nada.
Mas ousamos resistir sangrando a cada verso, quando sobra dinheiro para o vinho inebriante somos de fato felizes. Mas os poemas estão lá, outrora imortais, em partes apenas poemas. Mas todos no fim segue em busca do maldito sentido para a vida tão enigmática, seja em vivencias ou em poesias, em ambos falhamos.