O assombro do poeta
Deitada na minha cama, sob a luz baixa e amarelada do meu abajur, ao som de Miles Davis e seu trompete ao fundo, vem-me a vontade de escrever... E nesse espanto que é a vida, o cotidiano notado das vidas que estão sendo vívidas, das experiências diárias, paixões, ilusões, amores e alegrias... Existir, de fato, é algo esquisito! Mas o que seria da vida se não movesse esses sentidos e dar uma resposta para ela escrevendo e formulando as palavras mais belas? Viver é um susto! Mas se encontra beleza em cada verso do poeta que admira e descreve o seu dia a dia, que faz da sua fortaleza esse sentimento todo do mundo. Nos instantes de silêncio, somos convidados a ouvir a nós mesmos e ao mundo. É na introspecção que surgem as verdades mais profundas. Viver é um convite à reflexão, um exercício de autodescoberta. Ao narrar nossas histórias, criamos um espaço onde a dor se torna aprendizado e a beleza, uma constante a ser buscada. Assim, nos tornamos não apenas espectadores, mas participantes ativos na construção do nosso sentido de existência.