3.1
Que anos ein?
Quem diria...
Antes de começar essa carta, eu estava modificando minha dissertação de mestrado, transformando-a em meu projeto de doutorado. É engraçado ter sonhado anos com me tornar mestre, e não ter pensado um minuto sequer em me tornar doutor. Doutor Eduardo. Uau.
Nunca me imaginei neste espaço.
Amanhã é meu aniversário e um amiga querida me perguntou semana passada como eu iria comemorar. Na hora nem soube o que dizer, nem estava animado. Mas ela me questionou sobre minhas conquistas, segundo ela me demiti e agora tenho tempo de me dedicar a outras coisas, além disso acabei de terminei meu mestrado, como assim não queria comemorar?
Reconheci no curso de meditação que fiz esse fim de semana que para mim é muito mais fácil julgar e ver os erros do que reconhecer os processos e elogiar as conquistas, comigo e com todos. Tcharã.
Então vamos lá!
Cara, eu me demiti. Eu senti medo e fui conversar com a chefe. Eu senti medo e aceitei uma nova proposta. Eu sinto medo, mas sei o que eu quero. E eu sei que é fácil cair na tentação de procrastinar, mas não saí daquela escola para ficar pior. Meu intuito é subir. E como estamos? Em paz! Com um convite irrecusável de um projeto com o Achilles, com o pé no doutorado, com um pé na CNU e nos projetos da gaveta. Cara, que foda!
Com 31 anos eu tenho 2 livros, um mestrado, muitos anos de trabalho e reconhecimento profissional. Saí do arvense com muitos querendo que eu ficasse, incluindo as chefes. Isso é ouro. E tem muito mais a ver comigo, com quem fui lá do que com elas.
Eu tenho muitos desejos: trabalhar com criatividade, ser professor universitário, prover uma boa casa ou vida à minha mãe e ser feliz. Vamos nessa, agora chegou minha vez, meu ano!