Tempo, tempo, tempo...

Ele, que se passava enquanto as pirâmides eram construídas, que via o homem crescer e morrer, que viu o mundo cair na escuridão e voltar à luz. Hoje, é tão importante para os que lhe conhecem, é sinal de sabedoria e paciência, é aquele que se mantém em equilíbrio quando tudo está em desordem. É o meu professor, o meu orientador mais imponente, nunca me deixa e ainda por pura natureza, me faz raciocinar o quanto dele eu tenho, o que posso aproveitar do que ele tem para me dar. Não sei se pouco, ou talvez muito... disso, só ele sabe, afinal ele é o tempo, foi quem me fez crescer e fará envelhecer, foi quem me deu uma uma mãe esplendorosa, e será quem levará ela para longe de mim, foi quem me presenteou com suas adversidades uma vovó magnífica, mas também levou-a. O que será que ainda me resta daqui, uma vasta vida, um tempo imenso, ou alguns anos, meses, semanas... infelizmente não sei, mas ele me ensinou que devo ter sabedoria sobre aquilo que não sei, que devo buscar viver, se não sei quando vou morrer, que devo buscar ser feliz, se não sei quando a tristeza vai chegar, que devo amar, se não sei quando vão embora. Graças a ele, tenho vivido mais, tenho sido feliz muitas vezes e tenho acima de tudo, amado aqueles que amo, não por medo de perder, mas por querer que neles habitem um pouco de mim, pois meu amigo, o tempo, disse que posso ser eterno tal qual as pirâmides, se em cada um lugar ou pessoa que eu passar, deixar lá o melhor de mim, a minha essência.

- Para todos aqueles que perderam um amor antes de conhecer o velho tempo.

Calyel Santana
Enviado por Calyel Santana em 22/06/2024
Código do texto: T8091148
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