Feliz aniversário, Luiza

Luiza, tô te escrevendo esta carta na tentativa de mensurar o que você é para mim. Procrastinei isso por alguns dias, pois parecia ser difícil (de fato, é). Eu, por meio dessas palavras, ponho-as no engenho dos vocábulos na esperança de extrair pelo menos uma gota de açúcar que defina a sua doçura, Docinho. Talvez falar que você me é especial seja vago, até mesmo um eufemismo.

Eu te interpreto como os textos de Fernando Pessoa e te sinto como um algodão. No delicado do teu sorriso e no macio do seus beijos, mora um tilintar de sentimentos inebriantes, muitas vezes inadjetiváveis, e emoções que nem Maria Bethânia conseguiria transpor no mais belo dos palcos.

Que meus carinhos e afetos te alcancem, que você sinta o calor que te doou todos os dias e que você sorria com meus rodopios. Minhas palavras derramam-se neste texto de século XVIII, mas que culpa tem o rio por fazer seu movimento natural e banhar aqueles que me são importantes? Não vejo outra forma de te mostrar minha realidade senão por palavras, então que sejam as palavras mais doces, as mais intensas, as mais disruptivas que nenhum outro jamais externalizou nos saraus da história. Que meu rompante de emoção brilhe, ilumine e que você veja, veja as cores que sua existência provoca no meu mundo.

Aqui está mais uma tentativa de te “amarrar” mais um dia na minha vida. Docinho, você é a doçura dos raios de sol que me tornam dourado. Não sei por quanto tempo teremos a sorte de nossos caminhos continuarem unidos, mas eu agradeceria a Deus se pudéssemos atravessar de mãos dadas muitas águas de março.

Meus sinceros votos de felicidade, saúde e prosperidade. Eu te desejo um amor sem fim.

Do Dourado para a Docinho.

12 de julho de 2024