Doce lembrança
Hoje, ao acordar, me vi imerso em pensamentos sobre nós. A saudade da sua voz, do seu sorriso, da nossa cumplicidade, tudo isso me atormenta. Recordo com alegria cada manhã, tarde e madrugada que compartilhamos. É uma pena que tenhamos chegado ao fim, mas o que vivemos foi único e intenso.
Lembro-me dos cheiros, dos gostos, dos beijos e da maciez da sua pele. Aquele caminho curvo que nossos corpos percorreram ainda está gravado em minha memória. Foram apenas três encontros presenciais, mas tantos outros virtuais. Nosso jardim secreto foi palco de amor e poesia.
Hoje, acompanho você nas entrelinhas das redes sociais, e é doloroso não poder dizer sequer um simples “bom dia”. Os sábios dizem que não é certo esse querer, mas como esquecer tudo o que vivemos? O vestido negro, as roupas íntimas, o olhar diante do espelho e nossos corpos molhados sob o chuveiro… Tudo isso permanece comigo.
Não sei onde depositar tanta saudade. O sentimento está cravado na minha alma, e não há como negá-lo. Como é triste não poder te abraçar, olhar nos teus olhos, ouvir as canções que juntos ouvíamos e dançar, mais uma vez, aquela dança que só nós conhecíamos.
Por fim, peço encarecidamente que me ensine a te esquecer. Mas, sinceramente, não sei se é possível. Talvez o tempo seja nosso único aliado nessa jornada.
Com carinho, índio faceiro.