São Paulo, 05 de Janeiro de 2008
Dôra...
O zero, amiga, é perfeito. Perfeição geométrica.
Trocamos idéias, ideais e sentidos sentimentos. Ressentimentos? Aprendemos a desintegrar.
Entre o passado e o presente fizemos mais que quem apostou no tempo; não aportamos em amarguras.
Lembranças não são mais que velhos filmes mudos.
Sobrevivemos ou super vivemos, porque respiramos o vácuo.
As máscaras foram lindos enfeites naquele baile à fantasia, nada mais.
Descobri que do outro lado dos meus muros existem muralhas e mais muralhas; confesso cansada que não quero transpô-las.
Minhas noites nada mais são que o prolongamento dos meus dias, dias reais, palpáveis.
Com o tempo passei a sentir o incomodo do mar. Provavelmente por tê-lo atravessado num barquinho de papel com destino a realidade, o que não tem nenhuma estrela guia, nem um arco-íris com pote de ouro no final.
Engraçado, amiga, mas só conheço de fato chuvas, vendavais; desisti do sol há muito tempo.
Algumas vezes, bebo desta coisa chamada vida, mais em um segundo que em anos e me sinto afogando.
Assumo que construí castelos de areia, montanhas de papel, mas jamais impedi uma árvore de existir...
Meus ventos derrubaram castelos, desempilharam minhas montanhas e mesmo sabendo da inutilidade, agüei aquelas árvores.
Fiz o meu show.
É amiga... O tempo apenas passa, irracionalmente...
Saber? Saber o que mais? Se é que vale a pena saber algo mais.
Rimos muito, gargalhamos mesmo!
Mas fico pensando que após cada riso, veio o silêncio, não aquele do ambiente, mas o outro, da alma.
O que é mais desconhecido que o conhecido? Se foi exatamente naquilo que mais conhecemos que andamos nos assustando de morte?
O que nos é inédito talvez seja bom sim.
É preciso mais que coragem para ele... é preciso vontade.
Amiga, nem mais a ira e nem o choro me dizem algo.
A vida é algo inexplicável em suas exigências.
Realmente a vida sai, se esvai como água entre os dedos.
É preciso mudar de roupas, afinal a viagem desde sempre esteve com passagem de partida reservada.
Não há nenhuma tristeza nem amargura neste passeio.
O melhor mesmo é que neste palco contracenamos, não com nossos corpos, mas com nossas almas.
Fique ótima, amiga.
Dôra...
O zero, amiga, é perfeito. Perfeição geométrica.
Trocamos idéias, ideais e sentidos sentimentos. Ressentimentos? Aprendemos a desintegrar.
Entre o passado e o presente fizemos mais que quem apostou no tempo; não aportamos em amarguras.
Lembranças não são mais que velhos filmes mudos.
Sobrevivemos ou super vivemos, porque respiramos o vácuo.
As máscaras foram lindos enfeites naquele baile à fantasia, nada mais.
Descobri que do outro lado dos meus muros existem muralhas e mais muralhas; confesso cansada que não quero transpô-las.
Minhas noites nada mais são que o prolongamento dos meus dias, dias reais, palpáveis.
Com o tempo passei a sentir o incomodo do mar. Provavelmente por tê-lo atravessado num barquinho de papel com destino a realidade, o que não tem nenhuma estrela guia, nem um arco-íris com pote de ouro no final.
Engraçado, amiga, mas só conheço de fato chuvas, vendavais; desisti do sol há muito tempo.
Algumas vezes, bebo desta coisa chamada vida, mais em um segundo que em anos e me sinto afogando.
Assumo que construí castelos de areia, montanhas de papel, mas jamais impedi uma árvore de existir...
Meus ventos derrubaram castelos, desempilharam minhas montanhas e mesmo sabendo da inutilidade, agüei aquelas árvores.
Fiz o meu show.
É amiga... O tempo apenas passa, irracionalmente...
Saber? Saber o que mais? Se é que vale a pena saber algo mais.
Rimos muito, gargalhamos mesmo!
Mas fico pensando que após cada riso, veio o silêncio, não aquele do ambiente, mas o outro, da alma.
O que é mais desconhecido que o conhecido? Se foi exatamente naquilo que mais conhecemos que andamos nos assustando de morte?
O que nos é inédito talvez seja bom sim.
É preciso mais que coragem para ele... é preciso vontade.
Amiga, nem mais a ira e nem o choro me dizem algo.
A vida é algo inexplicável em suas exigências.
Realmente a vida sai, se esvai como água entre os dedos.
É preciso mudar de roupas, afinal a viagem desde sempre esteve com passagem de partida reservada.
Não há nenhuma tristeza nem amargura neste passeio.
O melhor mesmo é que neste palco contracenamos, não com nossos corpos, mas com nossas almas.
Fique ótima, amiga.