Do diário de aventuras de Asaph
Do diário de Asaph
Londres,4 de abril de 1890
E ali estávamos na casa do viajante do tempo ( éramos assim que eu e Palas o chamávamos) o calor da lareira confortavelmente nos aquecia. Fazia pouco tempo que fazíamos parte daquele círculo social, graças a Atena. Além de mim e da minha querida esposa, o prefeito, um psicólogo, uma diletante estudiosa e um matemático faziam parte dessa reunião.
O viajante do tempo falava sobre a quarta dimensão e viagens no tempo de modo científico.
Eu e Palas ouvíamos interessados. Conhecíamos sobre planos, dimensões e viagens no tempo do mágico da coisa. Eu como magista e ela quanto deusa não víamos necessidade de cálculos e nem empregar aparatos para tal viagem. Só precisávamos pensar e fazer um pouco de "Ocus pocus".
O viajante continuava sua fala. Como um perito em matemática e Palas como a deusa da sabedoria, opinamos sobre alguns cálculos necessários. O viajante pensava e depois refazia sua fala.
Depois, quando íamos todos embora, ele nos pediu para ficar.
Era óbvio que de todos na sala, apenas nós, Palas e eu acreditamos nele. Foi o melhor, aquela "tese" seria desastrosa em mãos erradas.
Descemos até o porão de sua casa onde ele mostrou- nos a sua poderosa Máquina do tempo.
Era algo semelhante a um cavalo metálico,com tubos, canos de metal e alavancas. Uma roda elevava- se ao lado de uma espécie de tanque. Era um obra espantosa. Isso me lembrou do chá que tomamos na casa do Dr. Frankstein.
Movido pela curiosidade, e desejo de conhecimento, eu e Palas ajudamos o senhor Viajante a terminar alguns pequenos pontos.
E assim, três dias depois, vimos nosso nobre e recente amigo desaparecer em meio a um cheiro de óleo, raios brilhantes e fumaça. Seu destino era tão incerto quanto nossa ideia de permanecer na chamada Nova Europa.
Asaph
*Baseado na obra de H.G Wells A máquina do tempo
* Uma pequena homenagem a Mary Shelley