31 de Março de 1964.
Ha Sessenta anos da tragédia democrática!
Fui me alistar como voluntário no Posto de Incricao. Não sei a onde foi parar esse registro.
Ouve uma passeata pela Barão de Itapetininga até a Praça da Se, liderada por Da. Leonora Mendes de Barros, com cartazes Tradição, Família e Propriedade.
A tomada do Poder pelos Militares do Exército Brasileiro ocorreu no dia seguinte. Entretanto, esse dia é conhecido como o dia da mentira (1°de Abril), razão pela qual retroagiram para 31 de Março. Rasgaram a Constituição conseguida pela Revolução de 1932. Um verdadeiro golpe pago com prisões, assassinatos, destituição do Presidente da República e dos Governadores dos Estatos da Federação. Estávamos num regime de exceção.
Meu chefe, Gerente do Departamento Juridico da CESP, foi preso pelo DEICOD, sem direito a defesa, porque sua esposa havia emprestado, aos Padres Dominicanos, seu Sítio para um Retiro Espiritual. Os Militares consideraram essa reunião subversiva, prenderam tanto os padres como meu chefe, acusados de comunistas. Esse é apenas um exemplo entre muitos havidos durante os anos até a abertura democracia. Haja vista a execução do jornalista Vladimir Herzog.
Intervenção Militar nunca mais em nome e acima de Deus, Família e Propriedade!