Índia Branca
Amada Índia Branca, é com o coração pesado e a alma inquieta que traço estas palavras. A saudade me consome, como um vendaval que varre as folhas de outono. Lembro-me dos nossos dias no jardim secreto, onde a paixão florescia como as flores raras que cultivávamos juntos. O tufão que assolou aquele paraíso deixou cicatrizes profundas, tanto na terra quanto em nossos corações.
Peço perdão pelas minhas mentiras e falhas. Como Pedro, neguei nossa história, alegando que era por um bem maior. Mas agora, na solidão das noites sem você, percebo que foi um erro cruel. A verdade é que nunca deixei de amar você. Ainda sinto o seu cheiro, o gosto dos seus beijos e o calor da sua pele. Sua voz ecoa em meus sonhos como uma melodia antiga, impossível de esquecer.
O ano atroz que vivemos foi uma montanha-russa de emoções. As lágrimas e os sorrisos se entrelaçaram, e cada momento ao seu lado foi um presente precioso. Não importa o quanto o tempo tenha passado, meu amor por ti permanece inabalável, como as raízes profundas das árvores centenárias.
Talvez você nunca leia estas palavras, mas escrevo-as mesmo assim. Na esperança de que o vento as leve até você, onde quer que esteja. Que ele sussurre em seu ouvido o que meu coração não cansa de repetir: “Eu te amo, minha amada Índia Branca.”
P. S. Com carinho e desejo, seu eterno Índio Faceiro.