Pobre o filho da sociedade
Das mais temidas aspirações
A quem o mundo cria ilusões.
Crescimento têm-se ao muito trabalhar.
Mais mentiras contadas para não se revoltar.
Morte, dor, sofrimento e lamento.
Pelo meu coração partido nesse momento.
Lancei-me ao fogo pelo que creio.
Mas sou só mais um produto nesse celeiro.
Toda glória está nas mãos daqueles um.
E o povo sofre com a miséria da morte até não sobrar nenhum.
Onde está a justiça dos homens?
Se uma mãe escolhe qual dos filhos morrerá pela fome.
Onde está a justiça de Deus?
Se não somos mais um dos seus.
Somos descendentes do irmão assassino?
Merecemos esse desprezo do divino?
Abandonados estamos as margens da sociedade.
Sou filho, mãe,pai e descendente dessa iniquidade.