Consulta psiquiátrica!
Escrevo esta carta sem destinatário, cujo assunto não sei qual será, até que eu termine de escrevê-la. Um dia descobri o prazer da carne, então chamada de puberdade. Tudo estava contra mim. Minha voz de taquara raxada, minha calça acusava minha ereção inconsciente. Não havia parâmetro para eu saber se eu estava certo ou errado. Namorar pra mim era sexo, mas não consegui, se quer passar as mão nos seios dela. Venerava as mulheres como minha mãe até conheci o complexo de Édipo! Dançava o Roque and Row, querendo dançar valsa de rostos colados. E no cinema queria beijá-la mas o "lanterninha" acusava com o holofote no meu rosto que eu iria ser expulso da sessão.
Na Igreja, as mulheres de véu sobre a cabeça, cobrindo os olhos e a boca, não reconhecia meu amor Platônico.
Um determinado padre era conhecido por ser viado. E quando me explicaram o que era um viado, reconheci o pecado da castidade, a proibição do sexo, como a pecanalidade pecaminosa. Assim foi minha experiência sexual.
Agora termino essa carta sem destino, mas que me ajudou como se tivesse tido uma consulta psicológica ou até mesmo com um psiquiatra.