LAÇO

O tempo passa sob meus passos apertados

meus prazos, meu corpo

em laços que unem e desatam sem anunciação,

E o tempo não mais passa, atropela e arrasa.

Queda ao chão o liame,

até enfim o pesar inclinar-se ardiloso

no intermezzo de noites clandestinas

e já não sei mais o paradeiro de mim.

Laço que solta e se refaz,

laço declarado, laço secreto,

o laço que me cerceia

em sonhos libidinosos,

meus olhos fixam a imagem extraviada do seu sorriso

você está em meus pensamentos,

em interstícios de aproximação.

Laço que escorrega pela mão

e torna-se nó.

Teresópolis, 14 de outubro de 2023.

Solivagant
Enviado por Solivagant em 24/02/2024
Reeditado em 24/02/2024
Código do texto: T8006235
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