Carta aberta aos desinteressados.
A dor que agora tão doída, que achei finda, volta a tomar conta deste a caminhar, jogando na ponta do tênis as palavras ouvidas, agora não lindas, fazendo esfriar o que demorou a esquentar.
Traduzindo Cartola depois de tempos, andando sem vento, sem acalento nem atento. Dando de braços aquele que ousa perguntar: 'E agora José?'
Bem, agora não é hora de responder. Pois o José sem é ou o que poderia ter.
Sou o José sem é. Fazendo jus a falta da ausência.
Sem proclames, sem nomes. Sem dedos, sem barco pra remar.
Em minha noite escura, escutando de minha loucura, a verdade de que me tornei a ausência que para tua paz que, agorinha mesmo, meu amor deixou de te dar.