Carta para a humanidade X
Tenho realizado um exercício frequente e diário:
O de silenciar a mente –
Consequente o coração,
Principalmente, com o que acontece com o lado de fora.
Não é porque não me importo...
Pelo contrário:
Importo-me por demais!
Antes não temia o futuro da humanidade.
Porém, colhemos o que plantamos, embora a colheita, nem sempre seja a que semeamos.
A vida tem dessas coisas!
A maré vem na direção que ela deseja conforme as suas forças sobrenaturais.
Não é sempre que estamos preparados para doma-la.
É nesse ponto que desejo chegar:
Não precisamos permanecer em evidência para cultivar algo bom.
O anonimato e a invisibilidade têm a sua bonança.
Para quê parecer ser o que não se é?
A natureza é algo tão emblemático, mostra-nos o poder de sua força.
No entanto, só realizamos ataques totalmente brutais.
Ela terá tempo suficiente para se recuperar.
Portanto, este mesmo tempo nós não o teremos.
Os recursos naturais que evidenciam a nossa sobrevivência é algo finito.
Infinitas são as constelações e as Galáxias,
Nós só estamos aqui para passarmos uma temporada, ou seja, somente de passagem.
Se no pouco que nos resta, promovemos tais estragos, imagina se um ser humano tivesse a capacidade de viver ao menos mil anos no Planeta de Gaia?
Em pleno ano de dois mil e vinte e quatro depois de Cristo não haveria sobrado mais nada.
A raça humana é fadada ao isolamento.
Com a transmutação:
Não haverá nenhum resquício,
Não haverá mais concreto e asfalto.
Enfim, a Natureza realizará de fato o seu papel fornecendo a sustentabilidade aos demais planetas,
Não há lógica para a destruição!
O aquecimento global é apenas uma demonstração do que a Terra é capaz de exercer para eliminar uma porcentagem dos seres que a ferem todos os dias.
Entretanto, não dá para separar o joio do trigo.
O que acontece entre a destruição e a devastação é tão somente uma maneira a qual ela encontrou para a retomada de seu território.
O que lemos como tragédias,
Na verdade olhando para o outro lado do prisma, é o jeito com o qual nos dá o seu recado.
Mas no fundo, somos tão limitados que não possuímos o mínimo de compreensão.
Se respeitássemos os limites –
A intolerância não existia.
Os sentimentos seriam valorizados e não nos venderíamos por qualquer trocado.
A minha real recompensa nisso tudo –
De me silenciar para ouvir a voz interior,
Acredito que não será aqui na Terra, e sim, em uma vivência futura.
O amor está ali...
Ao alcance do meu coração.
Do outro lado –
Em outra dimensão.
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