Volte... Quando puder.

Crato, 22 de outubro de 2016.

Querido primo Marques, já está a fazer três anos desde de que nos vimos a última vez. Tenho que falar a ti, algo que desejo. Necessário, até.

A verdade, é: estou morrendo de saudades. Sinto falta dos nossos passeios, dos risos que dávamos quando saímos para algum lugar, falta de dar conselhos a você sobre suas novas paixões encontradas pelo caminho da escola, nunca entendi aquilo, a sua facilidade de conhecer garotas, de chamar a atenção delas e elas ficarem caidinhas por você.

Semana passada visitei a casa do meu tio Humberto, seu pai. E ele falou a mim também o quão sozinho estar a se sentir sem você. Semana passada, disse ele, teve que ir sozinho a pastelaria do Seu João, antes, você acompanhava-o, fazia-lhes presença. Entretanto, falara-me que se você está aí, é para a melhora da família.

Volte, quando puder. Estamos todos a sua espera. Não esqueça-se do seu primo chato.

Com amor e carinho especial,

Flávio.