Carta para a humanidade IX

Quando há o equilíbrio,

A mente em silêncio...

Invade-nos o necessário:

O despertar da essência.

Os barulhos alheios,

Não nos completam -

Tão pouco nos complementam.

Atitudes límpidas,

Revigoram o espírito –

Transcendendo a expansão.

Para quê perder o precioso tempo,

Com algo em que nada vem a ensinar?

As palavras certas –

Podem ecoar através do Universo.

Enquanto, as vazias em si morrem,

Como flores arrancadas abruptamente.

Para sermos eternos, precisamos cultivar a semente,

Rega-la para que floresça.

Agindo pelo ego,

Fará apenas cessar o avivamento –

Aquele que intimamente buscamos.

A maioria da população é condicionada,

Não há empoderamento em seus atos -

Levando-os a agir através da raiva e polarização.

Há uma grande demanda por energias e recursos,

Em algum momento o caos tomará de vez as ruas.

Se não houver o discernimento,

O cataclisma, enfim, previstos por muitos...

Culminará em seu estopim.

Na época atual, muitos querem o seu lugar de fala,

Surfar no hype dos assuntos mais comentados.

Portanto, quase cem por cento, prefere disseminar o ódio e o rancor,

Destilando o seu veneno doentio.

Infelizmente, estão cegos,

Não conseguem agir com o verdadeiro discernimento –

Não separando o joio do trigo.

Levando os menos favorecidos a deturparem o raciocínio confundindo ambos os lados,

Dando voz a quem não tem nada a acrescentar.

Contanto, se voltarmos bem atrás na história,

A humanidade sempre foi movida por interesses:

Escolhendo a Barrabás e não a Jesus.

O julgamento não nos cabe, e sim, a retórica,

Por mais que as coisas pareçam ser difíceis, ou quase impossível de se suportar.

No momento, ainda há tempo de mudar o curso do destino.

Velhos erros não podem ser apagados,

Porém, há como ser reparado.

Principalmente, evitarmos tantas atrocidades,

Realizadas há décadas.

O ser humano vem a cada dia se destruindo,

Colocando-se no centro de tudo, como se levasse em consideração apenas a sua vontade terrena.

A sua visão é limitada –

Fazendo com que olhe somente o que os olhos físicos possam alcançar.

Quando olharmos para o interior de nossos corações,

Pouco a pouco notaremos que o Universo com toda a sua infinitude –

Cabe dentro do nosso ser.

A partir desse momento,

Reconheceremos como seres multidimensionais;

Em consideração tomando, que a nossa presença na Terra tem um propósito.

Mesmo que não reconheçamos esta condição,

Ela continuará latente em nossa alma.

Por mais que seja inviável em acreditar,

No fundo sabemos que é tão óbvio.

***

Blog Poesia Translúcida