Querido Eu...

Querido eu,

No jogo cíclico e fluido do tempo, aqui estamos nós mais uma vez, mergulhando nas profundezas da existência para contemplar o ser, o devir e as múltiplas facetas que compõem nossa jornada.

O tempo, essa entidade tão elusiva, marca sua passagem de maneira inexorável. O ontem se torna hoje, e em breve, será parte do amanhã que tanto nos intriga. No entanto, além das mera contagem dos segundos, encontra-se a riqueza de experiências que moldam nossa identidade, desafiando-nos a refletir sobre quem somos, onde estivemos e para onde estamos indo.

Ao olhar para trás, vislumbro a trajetória que nos trouxe até aqui.

Um ano atrás, a expectativa do aniversário iminente inundava nossos pensamentos, assim como agora, um ciclo completado, e outro prestes a começar. Os desafios enfrentados, as vitórias conquistadas e as profundezas emocionais atravessadas compõem a teia intrincada que é a nossa existência.

Os desafios, ásperos como pedras no caminho, são verdadeiros mestres disfarçados. Eles nos ensinam lições inestimáveis, forjam nossa resiliência e nos impulsionam a descobrir capacidades que desconhecíamos possuir. Nem sempre são fáceis de enfrentar, mas são indispensáveis para o nosso crescimento.

As vitórias, pequenas ou grandiosas, são como faróis iluminando o oceano escuro da incerteza. Elas validam nossos esforços, celebram nossas conquistas e nos lembram do poder que reside em nossa determinação. Cada triunfo é um lembrete de que somos capazes de superar desafios e transcender limites.

Ah, os amores... essas interações tão complexas e transcendentais. Encontros e desencontros moldam nossos afetos, nos tornam vulneráveis, mas também nos conferem uma riqueza emocional incomparável. Sejam amores breves como o piscar de olhos ou duradouros como o tempo, todos deixam marcas indeléveis em nossa alma.

As glórias são como medalhas penduradas em nossa jornada.

São momentos em que nos sentimos invencíveis, em que a vida nos recompensa por nossos esforços e dedicação. São experiências únicas que nos elevam, nos enchem de orgulho e nos fazem apreciar a plenitude do momento presente.

As tristezas, sombras passageiras em meio à luz do dia, também têm seu papel na tapeçaria da vida. Elas nos ensinam empatia, nos tornam mais resilientes e nos permitem valorizar os momentos de felicidade.

É importante aceitá-las, abraçá-las, pois são elas que nos tornam humanos, que nos conectam com a nossa essência.

As memórias, esses fragmentos entrelaçados no tecido do tempo, são nossas verdadeiras riquezas. Algumas são nítidas, outras se desvanecem, mas todas são essenciais. São elas que nos conectam com o passado, nos guiam no presente e constroem as bases do nosso futuro.

E assim, diante deste emaranhado de experiências, reflexões e emoções, eu te aconselho, meu caro eu, a abraçar a impermanência. Entenda que nada é definitivo, que tudo está em constante mutação. Aprenda com o passado, viva intensamente o presente e mantenha os olhos cheios de esperança para o futuro.

Com afeto e sabedoria acumulada,

Você mesmo.

Pasia Aventuristo
Enviado por Pasia Aventuristo em 02/12/2023
Código do texto: T7945710
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