Saudades
Olá, minha querida e estimada amiga!
Há tempos venho tentando falar-te, você sumiu e quero que saiba que sinto sua falta!
Falta dos teus sonhos de menina... falta do tempo em que contemplava o céu noturno e sonhava com um mundo repleto de belezas infindáveis... falta do seu pranto melancólico, sobre as dores do mundo!
Ah! Como sinto falta das suas perspectivas sonhadoras de um futuro insólito e por demasiado lindo, cálido e ao mesmo tempo insano.
Gostaria que a trouxesse de volta aquela, Flormorena que sempre desabrochava nas madrugadas insones, havia tanta vida sobre ela, tanto amor e paixão, uma sensualidade e uma ternura pujante.
E aquela outra que sempre enxergava o tudo, a simplicidade das coisas, o vento, o sorriso, o cheiro, o sabor do beijo! Diga a ela, que o meu peito sangra de tamanha saudade que pulsa. Diga que ao menos, mande-me um punhado de esperançosas palavras, de talvez, quem sabe, vê-la novamente um dia!
Minha querida amiga espero brevemente, que receba o meu afeto, nessas poucas linhas.
E que a nossa amizade seja sempre uma ínfima brasa acesa, mesmo sob um denso véu de cinzas.