Mais um jovem.
Ontem presenciei a coisa mais horrorosa de toda a minha vida, a morte. Não a minha, mas a de um jovem cheio de vida e esperança de uma vida cheia de histórias.
Por algo banal, um jovem teve sua vida tirada por alguém que não tinha nada a perder. Sem esperança, sem despedida da família, sem vida.
Até onde a violência vai nos levar? Ser atacado por um drogado, perder a vida por causa de uma partida de futebol!
O meu arrependimento de não ter impedido ele, de não ter dado uma palavra de consolo, de tentar amenizar o espírito de fúria dele. Eu vi, com os meus próprios olhos, um jovem de 17 anos perder a vida, vou levar para sempre essa cena. Vou levar para sempre que vi uma mãe atordoada porque não sabia qual era o estado do seu caçula.
Ele não era meu próximo, eu não sei qual era o seu nome do meio, não sei o nome da namorada, nem o nome da mãe. Mas sei que o que aconteceu não era, jamais, pra ter acontecido. Mais uma vida perdida pela violência.