O pianista
Seus dedos bailam livres espaços reais e urgentes.
Formam um diálogo íntimo entre seu interior e o infinito.
Suas notas musicais são lavras de seus feitos e impossibilidades.
Os lábios calam-se, enquanto suas notas tentam falar aos que o ouvem, o Pai, os que se foram e os que ainda aqui estão compartilhando estes momentos de belezas da vida e torcendo por paz e amor.
Ao seu lado, uma porta aberta filtra os mais variados tons e matizes de luz, emprestando ao fim da tarde e ao som de Chopin um crepúsculo suave.
Solidão não existe, onde existe os dons divinos das artes.
Ao amigo Marciel