A complexidade do fim!
Eu nunca escrevi sobre você, não assim, não aqui, não desse jeito...
Mas, por quê?
Não tem uma única resposta,
e as respostas não são simples.
Talvez seja pela ideia de manter a nossa privacidade,
manter os problemas só pra gente,
os bastidores...
Talvez por ter tanto pra escrever,
acabava não conseguindo expressar nada da complexidade do que sentia em palavras
Ainda não consigo...
Você foi o único que eu me entreguei, me doei,
o único homem que eu amei com todo meu ser,
em toda a minha vida.
Eu vivi você, respirei você,
abdiquei de mim muitas vezes por você.
Era insuportável imaginar a vida sem você,
era certeza absoluta que envelheceríamos juntos,
a gente tinha combinado de começar a fazer dança de salão assim que a velhice chegasse,
estávamos quase lá!
Então o que deu errado?
Tantas coisas deram errado pra gente, né?!
Chegou um tempo que as coisas estavam tão erradas,
que só tinha o amor como certo ao nosso favor.
Coitado do amor!
O nosso amor,
o seu amor, o meu amor...
Suportou tanta coisa que uma hora ele simplesmente não aguentou mais
e se transformou.
Fraterno ficou!
Mas volto com a mesma pergunta:
O que deu errado pra nós?
Foi de verdade, real, tátil...
Nossa vida, nossa casa, nossos beijos, nossos carinhos, nossas danças sem música, nossas brincadeiras na rua, no parque, na sala, na cozinha de casa, no quarto, você dançando, cantando pra mim e eu pra você...
Tentamos nos reencontrar tantas vezes...
Inúmeras vezes!
Onde foi que a gente se perdeu?
Tenho a resposta pra cada uma dessas perguntas,
As tenho em ordem alfabética e cronológica.
E mesmo assim todas essas respostas parecem ainda não ser o suficiente.
Um dia será?
O que deu errado?
Onde a gente se perdeu?
Tinha tanto amor...
Mas você tinha só o amor...