A menina que só sabe amar
Os homens matam, matam sim!
E se esquecem que a arma apontada ao outro
um dia vai contra si mesmo se voltar...
Um dia foi isso que ouvi de uma menina. Ela caminhou pelo mundo lutando com gigantes. Ela venceu tantas vezes a própria morte.
Ela carregou no bico tanto amor, mesmo quando não se sentia ou não se sabia amada. Ela chorou, sofreu, riu, brincou, rolou pelo jardim como a folha nas asas do vento.
Ela não quer mais calar sua voz, seu coração, seus sentimentos. Ela quer viver suas escolhas, seus sonhos (tantos que ainda tem). Sonha agora, mas ainda carrega mais sonhos, desejos, vontades em cada poro da alma.
Ela tem dificuldade de falar, então se expressa em palavras.
Ela pensa... sim... mas sente mais... não é racional ou não racionaliza tudo. Age e reage. É impulsiva. É pura emoção, sentimento... Deixa ela falar... Deixa... E fale com ela... Ou, fale contigo mesmo, que estarás falando com ela...
Ela só quero viver, porque sabe o que é morrer (é só um instante - uma passagem de um espelho a outro do tempo. A gente nem percebe. Só é. Só vai... em silêncio... sem levar bagagem... só sendo e indo... partindo... silenciosamente, sem se despedir, só pedindo paz... se entregando... ).
Ela não tem culpa de ser intensa, de absorver as dores dela e a do outro. Ela é assim. Mas, também absorve amor... e ama... e quer resplandecer esse amor, na tua, na minha vida.
Deixa ela te amar: deixo.
Deixa eu te amar, menina!: deixo.
Que esta jornada seja longa e que o amor e a paixão nunca faltem.
Te amo. Se cuida.
Da Maria.