Meu amor.
Oh meu querido, quando ouvi a música que me mandaras, pensei bem na tua arrojada pretenção, desejei uma pena molhada em tinta fresca para descrever a tempestade que desencadeou a minha alma e em meu coração.
Então venho a lhe escrever uma carta a mão, pois em minha humilde opinião, seria a forma mais próxima de comunicar a demora de minhas palavras, a importância de deixá-las paradas no papel, guardando tempo até chegarem a você, se algum dia tu realmente for ler.
Ao iniciar esta carta, peço indulgência para as faltas que, porventura, nelas posso cometer.
Como um ardente desejo que tenho de corresponder em algumas partes as obrigações tão particulares de meu coração em que tu tem me posto, animo-me a oferecer a minha lealdade e paixão.
E em minha sincera opinião, a paixão é definida como um sentimento ou emoção levados a um grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão.
Sinto uma paixão fogosa, incontida, transbordante, a mensagem de uma alma sequiosa de afeto, a qual um jovem escritor não teve a menor dificuldade de responder.
E com seu arroubo epistolar, veio a me seduzir, encantar, e me desejar com apenas uma música, e tal qual a letra se trata do cupido, do amor.
E por meio da grafologia, espero que não esteja imune à fantasia e à imaginação.
Em meus aposentos, deveras confortável, mas ainda sim com a falta de sua presença, eu, apenas um mero petiz, com minha soer vontade de lhe entregar o meu ósculo, venho asseverar que a tua beleza és formosa, fora de comum, um ser asseado de perfeição.
Com amor, o amor de sua vida.
- Ash Magon (9/8/2023)