Novamente, meu único.
Querido, já se passaram tantas primaveras, e você não estava aqui pra ver os campos floridos, mas esse ano as roseiras estavam mais floridas, as alfazemas fizeram se notar.
Os jasmins, você não faz ideia de como estavam floridos e perfumados.
Lindinhos, me fizeram sonhar!
Houve balé das a folhas do carvalho.
Parece que a natureza sabe que o outono e o inverno é onde tudo fica mais solitário e tristonho , e pra me premiar por sobreviver a sua ausência enfeitaram de cores e cheiro, meu existir tão tristonho.
Já se passaram várias estações, em cada uma sinto sua falta, do anoitecer ao amanhecer, é como morrer todos os dia pra poder nascer, e nessa ânsia desesperada de te receber, vivo entre o céu e o inferno, com a esperança de te encontrar e o medo de nunca te alcançar!
Meu único, sigo com a infame esperança cotidiana de te encontrar e a imensa solidão que me dá por não te alcançar.
Imaginar em nunca te encontrar é como respirar sob água e carregar em meu peito um aperto sem fim!
Meu único, aguardo ansiosa para saber como tem sido seus dias.