Confessando para Mister Adams
Sabe, acho que, no fundo, estou sempre esperando que exista um fim a este reinado. O príncipe morreu e a bruxa má está em missão no oriente médio. Ela está lutando pela paz. Enquanto a princesa está cansada e grávida do terceiro filho. O pai, ela acaba que não saberá, foi numa noite de bebedeira.
É engraçado, as peças são feitas uma para outra, mas não se encaixam. E eu, como sou sua adorável infante, estarei vagando aqui e ali, sempre em seu pensamento, assim como você no meu. Mesmo ao adormecer, a saudade o acalenta, sinônimo a mim. Muitas vezes, sem entender.
Realmente demorou em contar sua nova peripécia, ir de mala e cuia para Tambaba, nada mais de casacos, nem mofo, nem naftalina. Usando bigode... Que coisa! De certa forma, a diversão com mofos e naftalinas, não lhe fazem falta? Aquela insistência em acabar com o mofo e a teimosia dele em não o abandonar... E faz bem mesmo, tomar cuidado com as tentações, o céu pode ser apenas uma ilusão. Banho de mar? Só se for banho noturno ou apenas para o admirar. Meu lado vampiresco aflora constantemente, não curto sol.
Sinto em lhe dizer, mas a minha visita pode ser tão rara quanto sua internet e o correio. Só não saberei dizer se convivo harmoniosamente com a natureza funcionando ao sabor do vento. Bom, mas espero que o seu contato seja tão mais breve que anos-luz.
Sabe, gosto de falar nada com nada, e ver o que a outra pessoa tem a me dizer, o que ela conclui, com aquilo que, muitas vezes, nada queria dizer. Se torna interessante. Bem mais do que as minhas tentativas de dizer algo. Bom, então deixo aberto aqui, para que me devolva com suas conclusões, que são bem mais significantes que as minhas alucinações prolixas.
Sua em amizade,
Anita Garibaldi Schmetterling.