CARTA AO CÉU

Ao escrever o seu nome, pensei no quanto ele é antigo...

Antigo como a sabedoria que o senhor me mostrou.

Quanta saudade vovô !!!!

Penso sempre nas razões que Deus teve pra levá-lo. E encontro todas pelas quais, o senhor deveria ter ficado.

Lembro dos seus olhos através dos meus, encontrando minha alma de menino, me dizendo pra não ter medo, me ensinando a crescer...

Seu sorriso com poucos dentes, em meio ao semblante de tristeza, iluminava toda a escuridão.

Sei que nenhuma tempestade mais irá nessa vida me alcançar...Pois, encontro meu abrigo na lembrança da tua voz, segurança na memória das risadas, que arrancava do senhor com minhas "macaquices", que tanto te divertiam.

Meu herói de verdade, que chorava, que sorria, que lutava, que sofria, mas, que nunca desistia de aqui fazer o bem.

Guardo com carinho aquele pente, que alinhava seu cabelo, fazendo assim tão perfeito, meu avô que tanto amei.

Sua bênção vovô...

Um dia a gente se reencontra.

Otávio Idalino Cabral, meu avô.