Bom dia meu amor
Bom dia meu amor.
Pensamentos e sentimentos me visitaram nesta semana, após nosso pequeno encontro no sábado, dia seis de maio. Um encontro muito agradável, com trocas de nossas verdades e a nudez de nossos sentimenos e afetos um pelo outro.
Para mim foi uma grande benção e coroou um dia em que vivi revelações importantes, em alguns aspectos que faltavam para encontrar peças, para o quebra cabeça da minha vida.
Mais uma vez, agradeço a Deus pela confirmação da Palavra sobre a revolução que, através do amor, acontece na nossa vida.
O amor da minha vida, por quem eu deixaria pai e mãe e honraria, é você xxxxx, minha alma gêmea. Como você, também acredito que esse amor é construido com cuidado, zelo, companheirismo e afeto, alicerçado na rocha e edificado com três pilares: Deus, o homem e a mulher.
Infelizmente, no momento em que estamos, cumprindo a tarefa de honrar nossos pais de idades avançadas, isso não é possível de modo como seria merecido, e, pela Graça de Deus, estamos em profundo e assertivo acordo, afinal, são promessas feitas que vão além de nossa vontade, porém, nada nos impede de nos inserirmos na vida um do outro, e no caminho que já está em andamento.
O "nós" é uma escolha, e não, mais uma obrigação. O "nós" é o alento, o presente e o cuidado, advindo além do fraterno. O "nós" é o encontro de corpos, almas e espíritos de duas pessoas, originando união e complemento.
Percebi então, nesta semana de contato zero que, um telefonema no final do dia ou, ao menos, uma mensagem de whatsapp, são escolhas e um cuidado indispensável e mínimo, ao meu ver, e para mim. Saber como foi o dia do homem que amo e do mesmo que diz me amar, para mim é prioridade, mas, não recebi seu contato e não consegui seu retorno, nem nos dias em que lhe chamei e nem nos dias vindouros.
Cheguei a pensar: 'Será que está vivo?' - e acabei rindo sozinha.
A semana se passou, inteirinha, sem nenhum sinal. O final de semana chegou, me vi adoentada, mas na ativa, porque é assim que o barco da responsabilidade é conduzido. Mesmo assim, ainda esperava, ao menos, um sinal de fumaça.
No domingo, eu estava no hospital, devido a ter piorado muito, e notei que haviam muitas pessoas. A maioria acompanhadas e poucas, como eu, sozinhas, o que é muito comum nos dias de hoje. Ao meu ver, não há problema algum nisso. Porém, isso me remeteu à vida que sobrevivi durante anos a fio, e entristeci por alguns instantes até que, ao me aplicarem a medicação, foram chamar o meu "acompanhante" na sala de espera. A enfermeira voltou e me questionou sobre onde a pessoa estaria. Informei-a que eu estava só e vi seu semblante de desaprovação.
Nesse momento, a imaginação tomou conta de mim e percebi que a chave da porta que me entregaram para que eu a abrisse, não era a chave pertencente a ela e nem mesmo era a chave mestra. Era uma chave aleatória e que não pertencia àquela fechadura. Era uma chave qualquer. Vi luzes acesas lá dentro da casa e bati na porta. O cachorro latiu, a cortina foi entreaberta mas, eu não fui atendida. Claro, isso ocorreu em meu pensamento!
Pois é. Não adianta montar um quebra cabeças que tem peças faltando. Não dá para alicerçar uma edificação, com o tempo e o material que se tem em mãos, sem que haja o segundo elemento fundamental da obra: o primeiro é Deus sobre todas as coisas e o terceiro, a mulher advinda do homem, mas, este, o homem, e o segundo elemento, não está.
A lucidez da engenharia civil me mostrou a sua falta e nada se constrói sem você, claro, da maneira mostrada e combinada, mas, compreenda que, sem o dia seguinte, há de se convir, que não há construção e, se assim não for, não aceito a empreitada.
Eu te amo mas, também me amo. Bjks.