Meu adeus

Calma! Essa ainda não é uma carta de suicídio, ou deveria ser. Muito provavelmente será, minha morte veio a muito tempo atrás.

Sigo tentando encontrar qual pedaço do meu peito ainda bate para dar um fim de uma vez nesse maldito sofrimento (já aviso que essa carta haverá diversas palavras de baixo calão. Nunca fui uma fosse. Sempre um ogro, como meu querido amor dizia. Medonha pra ser mais precisa).

Nunca me despedi de quem queria ou falei para filhos da puta que conseguiram me atormentar de tal forma que pular de uma ponte era menos doloroso que conviver com as vozes deles ecoando na minha mente.

A real carta de suicídio, minha doce despedida, será algo doce, falando que o mundo é cruel e que sou muito fraca e todas essas baboseira. MENTIRA!

A verdade é que as pessoas morrem (lê-se são assassinadas), não se matam. Ninguém vai estourar seus miolos ou pular na frente de um trem porque acha divertido. As pessoas fazem isso porque existem uns cuzoes narcisista que acham de bom tom pisoetear aqueles que estão aqui na porra esse mundo poluído tentando criar suas histórias de conto de fadas. Essas pessoas, que acham que merecem mais estar aqui nessa porra de lugar do que aqueles mais covardes. Tiranos!

Meu suicídio se dá a egocêntricos que pra diversão brincam com sentimentos e futuros.

Minha morte chegou por pessoas que, quando eu nem sabia pentear meu cabelo falavam que eu era feia e não mereciam olhar pra mim. Que minha pele era esgoto, meu cabelo tinha rato e entre outros.

E ao crescer conhecer egocêntricos que são capazes de saber tudo isso e reabrir as feridas enquanto te fala "eu te amo", junto com narcisistas que vêem tua vida e a querem, só para poder ser a "protagonista" de mais uma vida que não é dela, pois nem sua própria vida ela tem. Que falam a bom tom "você merece morrer sozinha. Para os outros serem felizes". Parasitas humanos.

Minha morte é por você, que se cala, faz piada, ri ou chama de louca. Que acha que é bobagem até ver a foto de alguem pendurado pelo pescoço.

Todos somos culpados.

Todos temos sangue nas mãos.

Adeus.