Antídoto da saudade
Minha esperança é te ver chegar, para a saudade se afastar de mim. Você se esconde no silêncio. Saiba, porém, que não é assim, que a gente deixa de amar. Ou de ser amado.
Sei que não adianta sair por aí, te procurando, sabendo o porquê, você não quer me encontrar, enfim.
Se o amor fosse veneno, eu já teria sucumbido, sim.
Então, um leve sorriso desponta no meu rosto. Um carretel de lembranças se apodera do meu pensamento. E de repente você respira no meu peito. Resiste ao tempo,
Supera o tempo e a distância. Você não caiu no mar do esquecimento.
Lembra? Eu prometi não te esquecer?
E aí a saudade vira esperança e também gera culpa. Eu me vejo como que te traindo ao inclinar-me ao Ímpeto natural de seguir em frente. Como aquele um querido que está desaparecido, e não se tem esperança de ser encontrado com vida.
É, parece a saudade tem seus efeitos colaterais. E qual é o seu antídoto? A saudade pode não ser um veneno, mas pode matar. Pode não ser uma doença, mas precisa de cura.
A saudade precisa de tempo pra desaparecer. É uma falta que dói, uma ausência que não pode preenchida, nem substituída.
Entretanto, a saudade é um enorme espaço vazio que pode ser ocupado por novo amor, aquele que deixou o vazio. O novo que não substitui o velho, e, sim preenche o vazio.
Um novo amor é por fim o verdadeiro antídoto da saudade. Quando cumpre a minha esperança de te ver de outra vez. Pois, não Importa mais se você ainda existe. Importa que você me faz feliz.
Enquanto a saudade perdurar, a minha esperança é ver você chegar para ela se afastar de mim.