Abstrato Surfista
Nunca quis fugir , nunca quis ir além, nunca quis que me conhecesem , não pedi nada do que eu sou.
Sou a voz que ecoa no mas profundo alento de desespero.
Levanto-me sobre cada pedra arremessado contra esta ave solitária , finalmente esquivo-me de todas essas pedras em um balançiar de capoeira.
De tanta pedra que levei quase edifiquei uma muralha, que não resistiu ao impetuoso choque das ondas dessa vida .
Já não quero ser o pedreiro , já não quero ser o pintor , já não pinto as telas de uma vida quase esquecida .
Já não canto os amores nunca vivido , já não poetiso o sentilar de uma esperança, pois agora correm correntes de um amar bravo , louco pra me ver no chão , e arrastar-me das suas tempestuosas ondas .
Agora eu sou SURFISTA .E surfo sobre a dor já mais esquecida, surfo da partida de um pai , surfo sobre a dor que nunca esteve presente , e sobre a dor de uma mãe sempre ausente. Eu surfo ...sobre o teto escuro de um céu que se nega à me dar o seu brilho .
Esvairecendo o meu ser a um amor inexistente.
Sou surfista e surfo sobre a opinião irrelevante de uma angústia desnecessária.
Aprendo a ser surfista e surfo descontraidamente em promessas políticas, fradiadas quando o meu dedo sujo é necessário e descartado sobre o esvairecer de uma noite nua.
EU SOU surfista no olhar de uma noite e escura uma estrela quase sega uma lua nua.
Na esperança de um sol camonge , sobressaiu-me , pois embora , revelam-se fortes tempestuosa correntes salgadas determinantes para o fim do meu sucesso
Escolho surfar , assim passo a navegar por cima de ondas de dor , angústia, solidão, toda a sorte do mal é ainda assim sou o melhor que Deus fez .