Peladinhas no Botânico
09/04/1996
Cerro Porteño 2x1 Éspoli (Equador). O futebol aqui é coisa da massa, como no Brasil. Cerro e Olímpia, o clássico paraguaio.
Um dia chove, outros faz calor e umidade. E como só escrevo neste caderno em segredo, paro por aqui. Não fui a Posadas. Mas irei.
La Olla Azulgrana, estádio do Cerro Porteño.
12/04/1996
Peladinhas todas as terças e quintas. Domingo... às vezes... no Jardim Botânico. Aí já não é salão, é futebol de campo.
Patas-de-vaca, castanheiras da praia, flamboyants... Não vi sibipirunas. Mas deve haver. São as árvores que enfeitam Assunção. Há poucos prédios, o que lhe dá ar de interior. À noite, se vê o Cruzeiro, Alfa e Beta do Centauro, as Três Marias... Parece que não saímos do Brasil. Há parabólicas, tevê a cabo, formigas cabeçudas... E os nomes em guarani, lembrando nossas cidades.
Fitas áudio-cassete. Merda. Estragam à toa. Hoje vi uma promoção: 9 fitas por 10.000 guaranis, cinquenta centavos de dólar por fita. Brincadeira, Pirataria pura.
Pinus Pub. O Luís, o dono. Paulista. Só bebida e mulher, isso o que povo quer. O seu lema. Fazendo a vida no Paraguai.
Bar do Carioca. O eixo do gueto brasileiro em Assunção. Os "rapai". Os argentinos são "curepa", porcos em guarani.