Dezembro
Queria começar falando do nosso momento. Mas, urge em mim um desabafo pelo que vi com os olhos do coração.
O mundo me parece cheio de afetos desafetuosos, de relações ardidas ao invés de ardentes, de amores vazios e silenciosos. Uma vez ouvi a frase: “de vazio e silêncio, a solidão tá cheia”. Triste ser solitária a dois. Sorte dos amantes, pois podem encarrar tempos tão desanimadores e fatigantes, com algo de bom dentro de si. Por isso me acho sortuda, sortuda pelo que temos, sortuda porque te tenho, sortuda pelo que vamos construir, juntas.
O amor transforma e ao contrário do já imaginei, a transformação não é mágica, é processo. Fui ver a definição de processo no dicionário e achei isso: “ação continuada, realização contínua e prolongada de alguma atividade”. Já são 3 meses do nosso processo, de aprender a amar, de conhecer, de entender ou tentar ao menos. Sempre pensando em continuar, com uma vontade enorme de fazer dar certo e de amar. Isso é tão novo pra mim e tão puro que me emociona. Que sorte a nossa meu amor, obrigada por tanta alegria, por cada cafuné, por cada palavra de coragem, por cada pergunta desafiadora, por me encaixar na sua vida e por estar disposta a se encaixar na minha. Sem tropeço, sem desassossego.
Amar você me faz melhor. Que no final dos tempos, os amantes herdem a terra, porque só através do amor acessamos a plenitude do ser e somente através dele é que vale a pena viver. Te vivo. Te amo.
Da sempre sua, Mari