Já é a décima quinta vez.
A décima quinta vez que tento escrever esta carta, me vejo aqui na frente desta tela branca e letras pretas, tentando lhe escrever algo. Me vem a cabeça tanta coisa, na grande maioria são pensamentos de quanto sinto sua falta, outros de como você é linda, ou de como gostaria de estar no afago de um abraço e um beijo seu. Mas lembro da distância que nós separa, do relacionamento que me impede. Que eu apagado tudo e recomeço a escrever sempre que chego nesta parte.
Se fosse uma máquina de escrever as teclas estariam a beira de uma greve de tanto trabalharem. Ou já teria recebido alguma intimação dos protetores do meio ambiente por causa da quantidade de papel que teria fortemente retirado do carro e embolado lançando ao lixo. Sorte que não tenho uma dessas.
E assim segue minha vida, lembro que dá última conversa que tivemos, você me confidenciou que estava ou estavam pretendendo à um relacionamento. Vou confessar fiquei feliz e ao mesmo tempo triste, talvez por isso desapareci por um tempo do "Recanto das Letras". Caros leitores, não me julguem mal, sei que não posso quere-la só para mim pois uma mulher inestimável como a Bibi não se pode aprisionar. Nem tão pouco guardar em uma caixinha, mesmo lhe querendo só para mim.
Assim são as voltas de um curso d'água, ora calmas e serenas de repente em uma quinada perdesse o rumo e os caminhos se desencontrão.
A alguns dias você me procurou para conversar pois estava preocupada comigo, veja só se mereço essa mulher gente, acredito que foi um texto meu que tenha lido. Não se preocupe foi só um desabafo já estou bem melhor. E feliz por saber que se preocupa comigo.
Beijos.
Dorme com os anjos e sonha comigo, pois o contrário ainda não dá.