Carta à Aldir

A Aldir. O que vc falaria se estivesse aqui?

Que equilibramos cordas em meio ao alçapão

Que engolimos cobras, lagartos e dragão

Que o engodo cresceu de fato

E que se, ainda não se teve um infarto é por pura sorte, já que a morte vai tornando-se banal.

Não tem oxigênio, do Oiapoque ao Chuí- Gritaria , Aldir!

Mas tem grana pro ministério ali: tem grana pra granada.

Tem grama.

Tem cama.

Tem laranjal.

Está tudo triste triste, afinal

Infelizmente, de certo, ainda não é o final

O futuro é incerto

E nossa fome é tanta.

Muita água passará debaixo da ponte

Ante que a fonte ( de ignorância e ganância) seque por interio

E nós, os bêbados equilisbrista,?

Perdemos o prumo dessa estrada?

Por tudo e " por nada": TEMOS QUE PEGAR A REALIDADE COM A MÀO

Carta escrita em 2021