Carta 21 Cinco anos se passaram. 10/09/2006
Diadema 10 de setembro de 2006
Olá querida, já faz alguns anos que não escrevo, nestas linhas não quero relembrar de coisas que sei te entristeceram e te afastaram ainda mais de mim, você começou o namoro com aquele rapaz que tocava violão, um grande amigo que pude fazer e que acabei perdendo por falta de cabeça minha, magoei você naquela noite pós culto, (sem mais detalhes) e sei que esta marca deixada por mim jamais será apagada, antes eu havia indicado você ao trabalho lá na empresa onde eu trabalhava, e foi por causa disto que todo o problema surgiu, eu fui ingênuo ou burro mesmo e acabei falando demais, ah seria muito bom ter você ali perto de mim, mas minha língua acabou ferindo este projeto que lhe daria o emprego e lhe colocaria bem próxima de mim, e por isso tivemos sérios problemas, por eu não conseguir me conter e falar demais.
Nestes cinco anos passados, descobri também o culpado das falas mentirosas sobre eu ter filhos e não prestar, o Sabino, este poderia antes ter buscado conversar comigo e saber da minha vida antes de soltar tal mentira, busquei falar com ele e ele todo sem jeito me pediu perdão, eu te confesso que carreguei mágoa dele por muitos anos, até o dia em que cheguei nele e disse que eu o perdoava e que a partir daquele dia jamais falaria sobre o assunto, culpando ele, pois seu que de uma forma ou de outra, Deus sabia o que estava fazendo.
Minha primeira filha nasceu no final do ano passado, está linda, já estive algumas vezes na sua igreja com ela, aliás era meu maior prazer ir até lá e mesmo que de longe de ver, lembro-me do hino que cantou numa certa noite, SONDA-ME da Aline Barros, e todas as vezes que escuto, me transporto até àquela noite e te vejo cantando.
Vou terminar está carta me despedindo de você e desejando a você muita felicidade, pois meu amor por você jamais poderá desejar algo que não seja te ver feliz.