Indo embora…
Olá! …melhor eu livrar essa história tão linda, tão maravilhosa e que eu tanto prezo e tento preservar de pesos desnecessários e se o peso sou eu mesma, tenho pensado muito que é bem melhor sair de cena enquanto ainda há motivos pra aplausos…
Não posso sonhar em futuros. Não com um tipo de pessoa como você, que às vezes demonstra uma frieza quase alpina. Que muitas vezes, mesmo sem querer, me faz sentir como se eu fosse apenas "um pedaço de carne"...
Baby… Você quase nunca se interessa pelas coisas que eu falo, que não são do seu mundo, exceto as eventuais discussões sobre gostos comuns como música, mulheres, filmes, livros... Lembra que eu sou uma pessoa? Que tenho sentimentos? Não queria, mas às vezes fico triste.
Isso sem contar na falta de clareza de vida que eu estou vivendo agora. Tudo parece maior do que é na verdade, tudo amplificado. Sempre tentei dar o melhor de mim, me esforcei muito pra isso, porque não quero te dar coisas que acho que você não merece, mas até o corpo, tá “dando defeito”.
Eu jamais me permitiria ser uma má companhia, então melhor ficar com as reminiscências que que com sentimentos imprecisos e desnecessários. Não tenho certeza se escrevo para você ou se para mim, mas são coisas que eu sinto... Não gosto de editar as catarses. Isso não é pra ser poesia.
A nossa última conversa sobre as "minhas profundezas" ronda tanto a minha cabeça, que eu não fico sozinha um minuto, por assim dizer. Agora nem sei o que eu tô pensando direito. Parece que um furacão desorganizou tudo dentro da minha ideia e só tem uma coisa que vai ficando mais clara cada dia mais e que cada dia menos eu sei o que fazer com isso: eu te amo só de amor, mas vou indo, antes que seja tarde.