Carta número 04 - 17 de outubro de 2022

Querido Guilbert,

Já faz 6 meses e 2 dias que não sei sobre você. Aconteceram tantas coisas que se eu fosse te contar, eu sei que você iria rir, seu bobo. Pra começar continuo indeciso quanto ao meu futuro (profissão) e meio que desisti do Cariri (temporariamente). Todos da sala já sabem o que querem da vida e eu continuo moscando pulando de curso em curso. Espero me encontrar algum dia ainda esse ano (pode ser em outros anos ainda). Segundo, fiquei com alguns caras e me apaixonai por outros. Tão ingênuos e imaturos (risos) parece que eu tenho um tipo de personalidade também. Um dia desses vi que você andou olhando minha conta do Tik Tok e confesso que ver aquilo me deixou surpreso. Depois de ser bloqueado literalmente de sua vida, achei que nunca mais ia te ver (apesar de ser pela tela do meu celular). Eu sei bem que nunca mais vou ver você (já me acostumei com a ideia) mas sabe Guil, de vez em quando eu lembro de tu. Às vezes sinto raiva, desvio o pensamento e na maioria deles solto um sorriso tão passageiro que nem eu me dou conto do significado dele. Meio ano atrás eu não imaginava que isso fosse acontecer, por isso, vivo a dizer que sinto saudade de fevereiro, nosso mês todinho. "Vagalumes Cegos", "Janta" e "Dandelions" sempre me levam de volta pro Parque do Povo, na margem do Salgado, naquela noitezinha fria de Sexta feira Santa, quando te toquei pela primeira vez. Daí abro os olhos e pá, a realidade. Espero que esteja tudo bem com você na escola e na sua vida pessoal. Maria Gabi deve estar enorme e falante (bem mais do que antes). Você ainda escuta Cícero? Eu definitivamente não enjoei de "Dandelions" apesar dela me apertar o peito. Toda noite eu te desejo tudo que há de bom e confesso que voltei a abraçar o travesseiro. Emocionado? Sempre. Se cuida "Bebê gostoso"

Com saudade,

Arthur (o tomatinho/ ursinho carinhoso)