Carta à Dor...
Carta à Dor...
Hoje escrevendo estive pensando em nós, acho que devemos parar, pois, já não sabemos sobre a gente. Estou envolvido demais para tomar qualquer decisão, mas, você pode. Temos feridas abertas, e, vamos acabar fazendo uma sujeira um com o outro, de um tempo pra ca, juramos muito, fazemos pouco ou não cumprimos. Vamos ser amigos, deixando para trás as mágoas, ver-nos como irmãos, nada além disto.
Quando gosto de alguém, faço o possível para não deixar nada atrapalhar, fecho-me para o mundo, e, só falar o necessário, já você gosta de se comunicar com tudo e todos me tirando do sério, pois, não aguento vê-la sorrindo despreocupada. Sei que a culpa é minha, não vou mudar, nem você, e, para não viver de brigas, culpando um ou outro é melhor terminar. Esse desafio de quem cederá primeiro não convém com gostar, então, seguiremos caminhos opostos, sem ajuda, sem medo, talvez o tempo longe fala bem a nós dois, poderemos pensar enquanto vivemos as três fases dessa decisão... O choro, a calma e por fim, o pensar...
Texto: Carta à Dor.
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 01/01/1994