Se lhe agradar
Não julgo,
não quero julgar.
Foi inevitável,
foi natural a permanência.
Útil, necessária, dolorosa,
algo a ser superado.
E estamos nós
cá e lá
calando traumas,
acariciando amarras.
Lá e cá...
...indo no submundo dos recônditos de ser.
E o que vier, será por merecer?
Quem sou eu?
Quem é você?
Quem são os seus?
Julgue se lhe agradar.
A saída foi afastar
e foi entrada paga a um espetáculo
que jamais poderá saber.
Eu vi, eu vivi e ainda tento entender.
Se lhe agradar, não estou bem.
*30/09/22*