Carta amor
Começo mais uma vez, escrevendo por amor.
Perdi as contas de quantas coisas já rasguei o peito para expressar.
Como diria minha vó: isso é coisa de cinema.
Me sinto um estranho no ninho, desde o momento que te conheci, desde o momento que trocamos ideias.
Você toda maluca e responsável, eu morando de favor, sem ter um puto que caiba no bolso; você sabendo cozinhar e eu aqui, aprendendo a fazer um café que seja mais palatável.
Poderia filosofar e dizer que: quando conhecemos alguém mais maduro, com mais vivência, é real, armadilha para se apaixonar. Seja próximo, não seja tão próximo... E o interessante do lance empatia é isso, oferecer ombros para pranto, dar conselhos, acalmar, e, claramente, ter uma ligação recíproca. Sentir-se acolhido, apesar dos pesares de nossas vidas.
Estar seguro em meio vendaval, ter respostas as perguntas que sempre marcham nas vias expressas de nossas consciências.
A resposta que faltava. Esse rosto me faltava, faltava ter acertado o pulo antes.
E as horas correm. As vezes necessitamos correr contra o relógio para algo poder fazer.
Seja você, seja livre, mas se for, me leve contigo. Porque eu sempre vou te levar.