Mudou, Moudura de passarinho

Mudou, tudo mudou e meu lamento continua o mesmo. Eu observo que não importa o violão se for a mesma música 🎶 o mesmo som é feito? Entretanto, mudou! Meu amor se foi, não com quem foi embora, meu amor se foi para dentro de mim no mesmo lugar que ocupei o medo e calei os anseios, coloquei dentro de um saco, esses sacos bem grandes que se ver nas feras populares e que é também utilizado nos sertões do nordeste para acolher o mantimento dos animais, eu joguei tudo meu dentro as dores dos amargos desamores amarrei e joguei. Não me interesso de buscar, vou escrever para o meu primeiro amor que sempre será eterno meu amor, pois não é homem nem mulher, sou eu, sim eu sou meu amor e quando entreguei meu sagrado reflexo para ontrem pude amar ontrem por me amar e quando reconhi o que era meu amor eu não pude mais ficar nem permanecer foi por isso que me despedi e não mais voltei, meu amor é como uma bela arte eu só estendo essa arte em uma moldura e assim a moldura também se torna arte, assim também a moldura se torna meu amor. A moldura se quebrou e eu levei para outra e outra e outra e outra e outra e não sei se essa moldura que eu estou pode receber de bom grado minha arte, mas confesso que me sinto meio presa a ela, sim! Meio presa, porque essa moldura me caçou e me tomou para si, pode se dizer que um bom caçador primeiro ganha a confiança da caça e depois a prende em seu laço. Ah meu amor, teu laço estão em tuas verdades, estou presa encantos e se digo tu me prendeu nas piores das prisões pois mesmo sendo passarinho e tento asas não posso voar para longe de teu abraço, eu ando nos teus ombros como um papagaio no ombro do marinheiro, mas quero estar cá em tua mente, penso em fazer lá um bom ninho e permanecer em tua posse meu amor.