Carta Das Estrelas

Do presente para o futuro.

Eu estava sob animação supensa na nave Eternnus, junto com outros seis mil passageiros migrando para Nova Terra, um planeta a 122 anos de distância da Terra, minha cápsula se rompeu, como eu planejei.

Sim, eu planejei isso.

Eu trabalhei na construção dessa nave, dessa grande nave galeão, então eu pude montar minha própria cápsula de hipersono, e sem que alguém detectasse, instalei nela um computador independente, que no momento certo, cortaria o comando de computador central, e assumiria o controle me dispertando.

Perceberam que não causei mal a nenhum dos que estavam dormindo, não tentei auterar o curso da viagem, nem fiz nada demais em relação a nave, tudo que fiz, foi beber e comer a vontade desfrutando dos serviços dos robôs, nadando sozinho na piscina de água azul, e apreciando a escuridão iluminada e silenciosa do univero.

Eu apreciei o brilho das estrelas, e isso foi muito rico e sem fim, porque cada uma tem seu brilho.

Eu apenas vivi aqui, e vivi bem.

Eu tive tudo só para mim, os milhares de filmes, dos quais só rodei no cinema os que eu gosto, até mesmo tirando cenas que eventualmente eu não curti, eu li livros, tantos livros! Livros que perdi a conta! Uma biblioteca inteira!

Sei que Nova Terra deve ser linda, sei que inciarão uma nova civilização cheia de esperanças lá, mas sabem.....

Eu cansei da energia humana, cansei da maldade das pessoas, de ver tão poucas que são boas de verdade, eu fico horas nas grandes janelas bebendo vinho me deleitando nos astros, eu coloco um traje especial, prendo num cabo e saio para passear lá fora.

Esse frio aconchegante, tudo sempre linpo e organizado porque os androides não param nunca, vi tantos planetas e tantos sóis, chuvas de meteoros, núvens de plasma. Eu vi anjos, seres de luz pura, com asas que lembram espadas árabes, eles me viram, leram meus pensamentos, e me deixaram em paz.

Eu precisava disso, eu precisava dessa solidão, eu ansiei por essa paz, e consegui pagar o preço.

Viajando para sempre eu parei em minha casa, nesse mundo de metal e da mais alta tecnologia, onde olho para o teto antes de dormir e me sinto bem.

Não perderei meu tempo listando as inimagináveis e incontáveis maldades que o ser humano é capaz aqui, vocês as conhecem muito bem.

Estes fantasmas não terei que repelir, não terei que repilir fantasma nenhum, não tem fantasmas aqui.

Está é minha ilha no infinito oceano de universo, e aqui estando, velei por todos vocês enquanto eu vivi, fui um Robinson Crusoé sem sexta-feira, e fui feliz assim.

Programei os robôs para me vigiarem, e quanto eu não habitar mais o meu corpo, eles o jogarão sobre uma das grandes turbinas.

A vocês que acordaram e agora lêem isso, saibam que acordei após exatos 33 anos de hipersono, deixei anotações de coisas podem lhes importar sobre o universo, coisas que vi a nave não captou.

Espero que tenham sabedoria, não sejam gananciosos, nem que a vaidade das riquezas e do poder os seduzam, acreditem em mim, conhecimento é que é riqueza e poder de verdade, eu sei que estou dizendo. Torço para que construam um mundo novo realmente bom neste novo planeta que agora vão colonizar.

E por fim, deixo uma lembrança do nosso velho planeta Terra para todos. Nas palavras de Leonardo Da Vince.

A simplicidade é o último grau da sofisticação.

Uma boa vida a todos!

Aleen Van Euller
Enviado por Aleen Van Euller em 28/07/2022
Código do texto: T7570184
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